Aê, todo mundo

Seja bem vindo. Não espere boas maneiras ou mensagens edificantes!
Lembre-se: esse papo de 'só o amor constrói' é balela: quem constrói é o pedreiro.

terça-feira, julho 31, 2007

NAMASTÊ

Gostaria de declarar o meu profundo respeito a
todos os seres deste mundo que encontraram a fé, a verdadeira fé e que
a vivenciam constantemente. Sim, acreditem, tenho um profundo carinho
pelas pessoas que praticam alguma religíão.

Religião, meus caros, vem do latim religare;
significa tornar a ligar... retomar o contato do humano com a sua essência primordial, com a perfeição suprema ou a divindade que lhe deu origem. Religião é a tentativa humana de explicar o
inexplicável e dar algum sentido pra questões cruciais da existência humana,
tais como: de onde viemos? Qual sentido da vida? para onde vamos depois do
derradeiro suspiro? E por que diabos eu nasci vesgo?

Falando sério, pesquisem e verão que todas as religíões até então conhecidas versam, sobretudo, sobre esses temas: o milagre da vida, amor ao próximo, justiça, e o bônus track (ou seja: depois que bate as botas, o quê acontece com o sujeito)
Dito isto, gostaria de deixar claro o seguinte:

1. Não me convidem pra ir a terreiro de macumba. Só
vou a terreiro de boacumba.

2. Tá pregando a palavra e quer que eu te ajude? 'Bora
me dá um prego e um martelo... mas não aporrinha meu saco citando a
Bíblia.
3. Testemunha de jeová, eu? Porra, nem conheço o
cara....
4. Santo Daime? Tomá chazinho estranho e ver bichinhos
no meio do mato? Valeu, mermão, mas o médico proibiu.

5. Meditação zen em templo budista na serra? Eles me
aceitam se eu for zen grana?

7. Eu adoro laranja... mas daí a virar hare Krishina vai uma boa distância...

Então é isso, pessoal, que Buda, Deus, Oxalá, Tlatleloko, Krishna , Jeová e Alá lhes acompanhem, lhes iluminem e lhes perdoem, bando de pecadores que tão lendo essa blasfêmia ao invés fazer algo que preste! Vagabundagem braba!

sábado, julho 28, 2007

O ser e o nada

Outro dia, reclamando de fortes dores na coluna - certamente um reumatismo
precoce causado por este frio intenso e totalmente desumano que faz em Porto
Alegre - uma amiga recomendou uma tal de terapia olhística.

-Pô, véio, meu problema é nas costas, não nos zóio!

- Não é olhistica é HOLíSTiCA...
Aí me foi esclarecido que eu deveria buscar um desenvolvimento espiritual,
tipo,
fazer uma viagem ao interior de mim mesma (embora tenha tanto lugar
mais
interessante neste mundo) e descobir os caminhos que me levariam a uma
existência mais tranqüila, e harmonizando os meus sítios, fazendas...

- Chácras, eu disse chácras. são os teus chácras que estão desequilibrados.

Bem, chácara, fazenda, seja lá o que for, eu moro em apartamento.... Bem, o
causo é que, desfeito o mal entendido, lá foi a anta pra uma tal
sessão de terapia holistica.
pra começar o lugar não tinha cadeiras... aí, todo mundo que ia chegando,
ia tirando o sapato.
Pô, logo hoje que a minha meia tá furada, pensei, mas não me intimidei...
não vai ser um dedão de fora que vai atrapalhar o meu desenvolvimento
espiritual.

Todo mundo sentadinho no chão e um sujeito que parecia o Boy George começou a queimar uns incensos e colocou uma musiquinha num cd player. Pediu pra que todos fechassem os olhos e tentassem se conectar com o cosmos... saí eu feito louca atrás de um computador... aí me explicaram que não precisa de banda larga pra se conectar ao cosmos... basta usar a minha força interior... anh, tá.

Só que nesse meio tempo o carinha começou a tirar uma onda com a cara de todo mundo. Ficava dizendo: respira, inspira, respira, inspira... Mané tá pensando que eu sou o quê? Loira? Pô, eu sei que tem que respirar e inpirar... Tomada de profundo emputecimento, levantei pra ir embora. Fui detida pelo projeto de Boy George me dizendo que agora começava a melhor parte.

Foi aqui que eu tive certeza que ia dar merda!

Pra começar, o fiadaspú colocou pra tocar Enya... porra, porque que todo o porra-louca metido a místico ouve essa merda? Não dava pra pôr um Beasty Boys não?Bem, foi ao som de Enya que o tal guru pediu pra que cada um de nós se concentrasse e tentasse esvaziar a mente ( a loirinha da esquerda foi a que conseguiu fazer isso mais rápido) e pensasse num animal. Tô eu bem faceira pensando num grande e gordo hipopótamo, numa tépida poça de lama em algum ponto longínqüo da savana africana quando uma gordinha de 200kg começa a agitar os braços rindo e gritando: eu sou um beija-flor! eu sou um beija-flor. Em seguida foi a vez do sujeito com cara de agente funerário pular e gritar: eu sou um macaco feliz, eu sou um macaco feliz.

O troço virou uma alaúza dos diabos, até que, bufando num canto da sala anunciei que era um hipopótamo e dei uma cabeçada na barriga do Iluminado.

Pra minha surpresa (e desgraça) ao invés de ser sumariamente expulsa do recinto todos me cercaram, dizendo que eu era um ser amado pelo cosmos, uma filha do universo... porra, e vocês um bando de fiadasputa.

Na hora em que pararam com tudo e o projeto de sidarta pediu pra que cada um de nós deixasse buscasse no seu interior algo que pudesse oferecer ao cosmos, não tive dúvidas: fui no banheiro e dei o melhor de mim naquele dia.


sexta-feira, julho 20, 2007

Reflexões acerca da vida

Independente do noticiário político olímpico sanguinolento dos últimos dias estou zen
(zen grana e zen paciência, considerando que já é dia 20... ) bueno, vá lá, estou meditando.
sim, estou meditando, tentando atingir o Led Zeppelin (ou vocês pensam que eu ia meditar pra atingir o Nirvana, uma bandinha fuleira?)

De acordo com este estado de graça, resolvi compartilhar com vocês uma velha fábula que me foi contada por uma velha senhora, numa velha casa... (putz, até eu fiquei velha nessa frase...)
Lá vai a fábula, macacada:

Era uma vez um filhote de passsarinho, um bicho feio que só, sem plumas ainda, com um bicão totalmente desproporcional ao corpo e uma cor horrenda... bem, era uma vez um filhote de passarinho que, numa gélida tarde de inverno, teve a infelicidade de cair do ninho. (há versões que afimam que ele foi jogado pelo irmão mais velho, mas a perícia não conseguiu comprovar...)
Caído, sozinho na grama, em sua pouca experiência - mas demonstrando grande sagacidade - o filhote de passarinho pensou: CAralho, tô fudido!
Próximo ao ninho, pastavam plácidas vacas. uma delas, num momento de tranqüilidade, distraídamente, depositou sobre o passarinho o produto final de sua digestão
(tradução pra português: a vaca cagou na cabeça do passarinho)

Solitário e quase congelado, assim que lhe caiu o excremento sobre a cabeça, nosso herói emplumado, elevou aos céus uma súplica: Pô, não bastasse ter me fudido, agora tô todo cagado!
Passado o primeiro momento de assombro e indignação o filhote de passarinho percebeu que o excremento do mamífero lhe conferia calor, e o salvara de morrer de hipotermia... e foi assim,
num exercício de reflexão incomum para sua estatura e faixa etária o filhote de passarinho sentenciou: Heis um perfeito exemplo da lei da relatividade. Há poucos segundos estava eu prestes a morrer de hipotermia e maldizendo a minha sorte. Heis que, sou alvejado por fezes, excremento, bosta... tudo o que na nossa cultura ocidental é considerado como impuro... estar coberto de excrementos é uma situação socialmente vexatória... no entanto, nesse descampado deserto, foi a salvação de minha vida (
traduzindo pro português: pra quem tá fudido, tá na merda é lucro)
As sérias ponderações de nosso filhote foram interrompidas por um gato faminto que, rapidamente, abocanhou a cabeça de nosso Pensador.

Moral da história: nem sempre quem caga na tua cabeça quer o teu mal; assim como, nem sempre quem te tira da merda é teu amigo.

segunda-feira, julho 16, 2007

Achei, achei!

Achei o endereço da minha xará!
Pô Mauro, qualé a tua vir aqui dizer que o quentão era de má qualidade?!
O quentão era ótimo!
E aquele sanduíche aberto, hein?
E a pizza? Tava tudo muito bom, ri à beça com todo mundo... até nego véio deu o ar de sua graça...
bem, esse post é pra dizer que eu achei o endereço da minha xará e vai aí embaixo pra todo mundo:


http://www.eumesmacomprareiasflores.blogspot.com

sábado, julho 14, 2007

Ane & Ane, birita e reminiscências

Ontem, sexta-feira treze (meu dia) a bruxaria me reservou uma boa surpresa: o reencontro com minha amiga e amada xará Anelise Fróes. [e eu perdi o endereço do blog dela nessa máquina dos diabos... acho que até segunda-feira consigo resgatar pra lincar nessa gazeta infecta] Ela juntou os amigos e fez um suuuuuper quentão, cada um trouxe seu prato... (só a tonta aqui pagou o mico de vir de mão abanando tsc, tsc, tsc)
Evitei de tomar muita birita... a birita faz mal pra minha reputação: eu começo a ficar amorosa, lá pela 5° dose eu tô dizendo " ti consxidero pra caralho", na 6º dose "eu zi considero meu irmão" e antes da 7º dose eu digo "cara, eu te amo, dus meu"... isso sem nunca ter te visto antes. Isso sem contar com a possibilidade de baixar o espírito da Marrom e eu começar a cantar: "não sei se vou aturar.... esses teus abusos... "
Ou seja: uma verdadeira desgraça, isso estraga totalmente a minha fama de mulé má!

O reencontro com a Ane me fez pensar numa série de coisas, coisas sérias, profundas... do genêro: o que faz duas almas se encontrarem nesse mundo e depois se distanciarem? Como, num fiofó de mundo que é Porto Alegre duas pessoas se perdem uma da outra? E, finalmente, a mais importante questão da noite: Cumé que ela conseguiu não mudar nada em 10 anos? Acho que o formol dela é melhor que o meu...

Mudando totalmente de assunto: Quem tem mais de 25 anos já se deu conta que tão estudando o nosso passado na escola? è, eu juro, outro dia tava vendo um livro didático e tava lá toda a mina memória afetiva: as diretas já! a morte do Tancredo (eu fiquei faceira porque foi feriadão e eu não tive aula), o fora Collor (onde eu comecei a quebrar o pau com a UNE), o plano REal (quando eu quase enlouqueci fazendo cálculo da URV)... caralho, tô esperando o dia em que um pirralho venha me entrevistar pra que eu conte histórias daquele tempo distante em que o Michael Jackson era preto...




sábado, julho 07, 2007

Sou o que se pode chamar de filha da abertura.
Nascida em 1977 vim ao mundo logo depois de assinarem a lei do divórcio. Nas ruas ouvia-se o grito de "ANistia Ampla, Geral e Irrestrita" (e mal sabiam que a anistia ampla, geral e irrestrita seria para os torturadores).
Eram tempos difíceis, mas também de muita esperança. Com certeza, mi madre acreditava que aquele ser de 3 kilos e 100 gramas cresceria num mundo melhor... pobre de mi madrecita.


Desde muito pequena acompanho o noticiário político deste país.
Tinha 5 anos de idade e ouvia minha mãe e meu avô comentando - após o Jornal Nacional - os avanços e recuos das Diretas.(Alguém aí se lembra das DIRETAS JÁ!?)
Minha memória guarda nomes tais como: Maluf, Renan Calheiros, Delfin Neto, José Sarney, Marco Maciel - estes, do campo direitista - e outros: Ulisses, Brizola, Lula, Gabeira...
Hoje, com 30 anos na cara vejo os mesmos nomes ocupando o noticiário político e me pergunto: Em 20 anos de democracia não surgiu uma nova geração política? Já esquecemos quem foi ARENA e quem foi MDB?
Já não sabemos mais quem é quem ou sabemos e compactuamos com o que aí está?
Se alguém souber me responder, por favor, eu agradeço.
De toda a forma, disse sei lá eu quem que cada povo tem o governo que merece.... será que nós merecemos tudo isso?

segunda-feira, julho 02, 2007

Marcadores (A relevância da vó do badanha no contexto da subjetividade pós moderna)

E aí, macacada, tudo jóia com vocês?
Meus queridos 5 leitores, estou em dívida, mas juro que, em breve, estarei de volta à velha forma. (Marconi, meu bruxo, eu juro que vou completar a saga da mulé estressada em tua homenagem, só não sei quando.)
Agora, digam cá uma coisa: Pra que que serve esse tal de "marcadores"? é pra dizer, depois do texto lido, sobre o que se tratava? é pra fazer bonito no gugol? Pra quê que serve essa porra, afinal?

Bem, vocês já sacaram que não tenho nenhuma novidade, meu humor não melhorou, minha celulite ainda não me abandonou, minha conta bancária não foi invadida por nenhum dinheiro que não sei de onde saiu (porra, nunca me aparece um dinheiro inesperado??? Será que é só em Brasília que brota dinheiro do nada?) Enfim, continuo firme e forte na minha vidinha de trabalhadora e dona de casa....