Aê, todo mundo

Seja bem vindo. Não espere boas maneiras ou mensagens edificantes!
Lembre-se: esse papo de 'só o amor constrói' é balela: quem constrói é o pedreiro.

terça-feira, dezembro 12, 2006

dário de uma mulher estressada (parte II)

...e a viagem fluiu que foi uma beleza... o motóra só diminuia e nêgo saía do buzão ainda em movimento... coisa linda de se ver.
Claro que quiseram ser gentis comigo. Me largaram na porta da oficina.

E aí, seu gordinho, tá pronto?
Pô, dona, a senhora vê, eu ia ligar pra avisar...

tirei pra fora o argumento:

Rapá, eu VOU SAIR DAQUI DIRIGINDO. Não me interessa o quê....

Nesse momento dei com os olhos no opalão amarelo de seu Gordinho... uma jóia de família, preparado pra autódromo... amaciado e temperado com nitrogênio... tudo que a mamãe queria.

Po-po-pode levar o opala... só toma cui...


Não ouvi, já tava cantando pneu.
O bichinho ia de zero a cem em segundos. Coisa mimosa.
Entrei na perimetral dando um cavalinho de pau e esparramando uns três motoboys pra cima do canteiro. No som Public Enemy. No talo!
Aí uma vaca numa porra de um carrinho minúsculo resolveu fechar a minha frente. Buzinei por uns 3 minutos com a cabeça pra fora gritando puuuuuuuuuuuuutaaaaaaaaaaaaaaaaa..
E, além de me fechar, a vaca ficou na minha frente...andando a 60km/h... qual o jeito? Esmurrar o volante gritando caralho, caralho, caralho, caralho, caralho? humpf, qual nada! tive que dar um totózinho no parachoque da disinfiliz.


Opalão véio de guerra era aquele do seu gordinho... saiu só com um arranhãozinho... o carro da outra? um, digamos que eu tenha remodelado a traseira... e amassado a cara da Bety boop (sim, eu odeio a Bety Boop)


Bom, eu já tava a 150 km em pleno perímetro urbano. os fiadaspú dos azulzinhos queriam que eu parrasse. Mandei uma banana pra eles e segui meu caminho... (quero ver me buscarem com esse carrinho mil de vocês... bati a quarta marcha e chamei o turbinho)
Mesmo assim cheguei atrasada, louca por um café...
e num tinha mais café! Esmurrei a parede alado da cafeteira gritando caralho, caralho, caralho, caralho, caralho.
Um colega engraçadinho perguntou se o café tava bom...
Tava bom o rabo da tua mãe, ô filho da puta. Tomaram todo o café e não deixaram nada pra mim, Mostrei a ele o meu argumento e perguntei?
Cê num quer fazer café pra mim?


Sabe, como as pessoas são meigas em certas situações... ele perguntou se eu preferia cafeínado ou descafeínado.
fui pra minha mesa. Prometeram me levar o café lá...
Depois de atender dois ou três chatos, o "tarado da calcinha" liga
(esse tal tarado da calcinha é um infeliz que todo o dia liga pra cá. aí ele pergunta, numa voz sussurante: "Qual é a cor da tua calcinha?"... tem colega que só diz "azul', "amarela" e desligam... teve uma que chorou... )
Recomeçando:

- qual é a cor da tua calcinha

-eu tô sem calcinha - respondi no mesmo tom sussurante
-
hum...

- é, aprendi na zona, com a puta da tua mãe a não usar essa merda, seu corno!

Aí meu chefe me chama.
Sermão: zelar pela boa imagem da empresa, blá, blá, blá...
Ouvi tudo calada.
antes de sair, com uma voz sussurrante, lasquei:

- Só me diz uma coisa... qual é a cor da tua cuequinha?


O cara se putiou. me mandou passar no Depto. Pessoal

.
Bom, depois de tomar o café que meu colega gentilmente me ofereceu, tô eu calmamente juntando as minhas coisas.
Risinhos abafados. Hum, a banda podre tava em festa.
Ah, abri o jogo:
ô tá rindo de quê, claudineide? Tô indo embora sim, mas não peguei gonorréia transando com o porteiro...
Fátima, não faz essa cara... tá parecendo uma baleia com dor de dente.
Ah, Anselmo, a tua mulher tá trablhando no RH... só pra tu saber, ela disse pra todo mundo que teu pau é pequeno e que tu só dá umazinha de 20 minutos... é por isso que ela faz tanta hora extra com o Serjão...
Ah, claro que eu desejo a maior felicidade do mundo pra vocês,
bando de cretino.

Fazer o quê? Tava na rua.

Eu tinha um opalão turbinado e uma arma com o n° de série (ou sei lá que nome tenha) raspado.
Fui pra feira do rolo!