Aê, todo mundo

Seja bem vindo. Não espere boas maneiras ou mensagens edificantes!
Lembre-se: esse papo de 'só o amor constrói' é balela: quem constrói é o pedreiro.

sexta-feira, setembro 29, 2006

Não falo de eleições!

Não falo de eleições.
E fim de papo!
Plantão da psiquiatria.
Lá está ele num canto.
Negro como o azeviche
Ou como o manto da noite...
- cada qual escolha sua negritude e sua figura poética de acordo com sua preferência -
Trás na fronte uma considerável quantidade de cabelos brancos.
Pergunto sua idade.
sorridente e sem pestanejar ele responde: 18!
Sem um pingo de paciência pra gracinhas eu respondo: sim, você tem 18 e eu sou a Luana Piovani. Estamos quites, meu chapa.
Só depois é que me dou conta: é psiquiatria...
Quem tá precisando de tarja preta deve ser eu, não ele!
Salve a SEXta-feira.

quarta-feira, setembro 27, 2006

essa foi boa

escrevi um textículo tão ruim agora há pouco, mas tão ruim que o blogger se negou a publicar!

terça-feira, setembro 26, 2006

Cena Urbana n#4

Ia no ônibus a loirinha pouco inteligente (isso por acaso não é pleonasmo:loira pouco inteligente?) tentando impressionar o garotão universitário com a camiseta do Greenpeace.

- É, eu não como mais no Mac Donalds... eles venden carne transgênica...

E pensar que um ser desses corre o risco de procriar!

domingo, setembro 24, 2006

Cemo Tudo Gay

Pra quem não sabia, agora fique sabendo: o verdadeiro significado da sigla CTG é esse enunciado acima.
Pois bem. há poucos dias atrás (20/09) um bando de dentistas, advogados, contadores, analistas de sistema se fantasiaram de gaúcho e foram desfilar na avenida.
Até aí tudo bem, gosto é que nem cú: cada um tem o seu e ninguém deve se meter, a não ser que tenha sido chamado.
O que me puteou de verdade é que um cidadão, afeito às tradições gauchescas inventadas pela família Fagundes, resolveu colocar um pala com as cores do arco-íris na estatua do laçador (pra quem não sabe a porra da estátua do laçador foi inspirada em outro inventor da tradição gaúcha, um tal de Paixão Cortes e é uma espécie de símbolo do RS)
Bastou isso pra que uma pá de neguinho fosse lá pixar o cara. Chamaram até a Brigada Militar pra fazer o sujeito tirar o tal pala do laçador.
E aí pergunto eu: se quando o Grêmio ganha títulos não vão lá os gremistas colocar sua camiseta horrenda no pobre Laçador?
E quando o Inter vence, não colocamos nós o manto sagrado sobre a horrenda estátua?
Então qual é o problema de vestir o laçador com um pala nas cores do arco-íris?
Depois a turma fica braba quando fazem piada de gaúcho gay... quer saber: tem mais é que fazer mesmo!
Ah, se algum gaudério de apartamento quiser me processar fique bem à vontade, mas não esqueça de registrar nos autos: caguei num balde pra essa merda de tradição de vocês!

terça-feira, setembro 19, 2006

Cena urbana n#3 (ou:essa gente tem que ir presa!)

Sebunda-feira.

Dia nacional do mau humor.


Milagrosamente eu tava animada naquele dia. tinha fugido da senzal... ops, tinha conseguido uma folga no serviço e rumava, lépida e fagueira rumo ao Museu... ia pesquisar ... Sim, eu sou proleta má num sô anarfa...

Sebunda-feira. oito e tantas da matina. Lá vou eu pela rua da praia.

No meio do caminho um sujeito totalmente maltrapilho, com uma garrafa de cachaça na mão, vinha cambaleante, o calçadão era pequeno pra ele.
Veio em minha direção.
Só então eu percebi que não era a cachaça que fazia a calçada estreita: ele cantava um samba enredo antigo e dançava tal qual um animado mestre sala.
Parou diante de mim, tocando um invisível pandeiro.
Dei um breve sorriso e fiz uma mesura discreta com a cabeça.
(tava tão alegrinha e o sujeito era tão afinado que a minha vontade real era cair no samba do criolo doido com o próprio)
Chego na porta do museu.
Um sujeto carrancudo e mal humorado me informa que há duas semanas o arquivo não é mais aberto pelas manhãs.
Agradeci e saí a homenagear algumas progenitoras inocentes de alguns diretores de museus.
Puta da cara, madisse minha sorte e o descaralhado dia em que fui parida - parida não, eu devo ter sido é cagada, nessa latrina américa dos infernos - nessa porra desse mundo fudido e desgraçado onde uma proleta não consegue dar sorte na merda do único dia de folga da porra da semana (na época eu fazia plantões fim de semana sim, outro também sábado e domingo)

Ao retornar, uns 400 metros adiante, me deparo com o mesmo sambista.

Desta vez manejava com a maestria uma lata de lixo de plástico, utilizava-a como instrumento de percussão pra acompanhar sua voz de barítono afinada em outro samba-enredo. Aquele sujeito, que não tinha nada além de andrajos e uma garrafa de cachaça já no fim, oferecia seu espetáculo de ritmo e alegria diante de uma fila de desempregados em busca de uma vaga.
Ao final do samba, ele fez uma mesura e disse pra galera da fila:
- Pode aplaudir, pessoal, pode cantar junto quem quiser! O patrão não tá olhando!

Eu sorri envergonhada.

Muito, envergonhada.

Depois da revolta, meu lado reaça apareceu com tudo e mandou essa:
"segunda-feira de manhã um sujeito sem eira nem beira, um sujeito que sequer dormiu numa cama, seguramente não comeu absolutamente nada no café da manhã, saí por aí cantando samba-enredo em pleno agosto... isso é subversivo!!! Isso é contra todas as leis da moral, dos bons costumes, do capitalismo... isso atenta contra a nova ordem mundial! Essa gente tem que ir presa! Isso deveria ser contra a lei!"

terça-feira, setembro 12, 2006

Cena urbana n#2 (ou a pobreza é phoda!)

Mil novecentos e lá vai picoco. Tempos de pinda (sim, porque até eu chegar na pindaíba teria que juntar muitas moedas ainda)
Tô lá, esperando o buzão pra voltar pra casa (quase uma hora rumo a perifa...)
Se aproxima de mim um moleque.... um deses moleques maltrapilhos que pedem nos sinais, cheiram loló, geram mil e um programas de inclusão... enfim, o famigerado "menino de rua". Aquele, em particular, não cheirava loló.Opa, qualquer um que viva numa grande cidade sabe o que eu estou falando.
Tinha pouco mais de 10 anos, óbvio que aparentava menos. E tinha uma carinha sapeca, e uns olhinhos negros como duas jaboticabinhas.

- E aí, tia, tem uma moeda pra me dar?

- Põ, tenho não...

- Tá e uma fichinha?

- Só tenho essa pra voltar pra casa. - e era verdade.

- Bah, meu, tu é pobre hein! tu não tem nada!

- Pô, tu me chama de tia, me pede e ainda por cima me esulacha... qual é guri?

- Aí, foi mal...

sexta-feira, setembro 08, 2006


Por conta dessa charge, o blog de Acilene Cavalcanti saiu do ar. A justiça do Amapá determinou que algumas postagens e comentários de leitores fossem retiradas. E assim o foram. Não contente com isso, o UOL retirou o blog da jornalista do ar, sem qualquer aviso prévio

E, por conta disso, há uma corrente de blogueiros dispostos a denunciar os abusos de Sarney - que ainda age como bom coronel que é - e repudiar a censura.
Estamos todos (o idéia de Jerico, o Catarro verde...) denunciando essa putaria. E ainda publicando a charge!
Quero ver tirarem a gente do ar, quero ver.

quarta-feira, setembro 06, 2006

Previsão do tempo para hoje

Nesses dias de friaca interminável só há três temperaturas possíveis em Porto Alegre:


- Muito Frio;


- Gelado;


- Foda-se o Banho!


E esse raio de primavera que não chega!

Me nego a falar sobre isso!

As eleições tão aí, macacada!
Horário eleitoral gratuíto (ou programa de humor em rede nacional) rolando,
noticiários dando conta do dia dos candidatos... esta Gazeta se nega a comentar sobre eleições, processo político e o caralho a quatro.
Não torrarei o saco dos meus 5 leitores com isso.

Ah, a propósito: tenho uma plataforma séria de governo, desde os 14 anos milito em defesa dos direitos civis dos anões de jardim e sapos de porcelana. Votem em mim para garantir a liberdade dessas minorias minoritárias.
Meu número é: 1716mole6dura!