Aê, todo mundo

Seja bem vindo. Não espere boas maneiras ou mensagens edificantes!
Lembre-se: esse papo de 'só o amor constrói' é balela: quem constrói é o pedreiro.

domingo, setembro 02, 2007

Meu! Meu! tudo meu!


Dois quilômetros a pé. Todo dia. Não, não é promessa e também não é pra manter a forma: é pra economizar a grana do buzão mesmo.
Nesses dois quilômetros trilho, quase sempre, o mesmo caminho... é que, nesse mesmo caminho encontro o meu velhinho, as minhas azaléias, os meus cachorros e os meus gatos.
Meu! Meu! tudo meu!
Bem, o meu velhinho é uma graça: negro como o breu, trás uma cabeleira tão branca quanto a neve a emoldurar seu rosto. Calculo que já tenha passado - há muito - dos cinqüenta... No entanto, anda empertigado e rápido, trazendo consigo uma pasta de couro... não sei seu nome, tampouco o que carrega na tal pasta, mas basta que ele cruze o meu caminho para que eu lhe admire a figura esguia e ágil e pense com meus botões: Hoje tá alegre o MEU velhinho.

Cachorros, tenho muitos pela rua. Estão em pátios alheios. Que importa, se, quando passo todos me saúdam abanando as caudas e latindo faceiros junto ao portão? Fazem parte da tribo dois labradores, dois viralatas e um dog alemão (é a marca de cachorro do Scooob Doo).
Gato eu tenho só um, por enquanto: ele parece o Tom do desenho animado e foi amor à primeira vista: logo que o vi me encantei, o chamei e - surpreendentemente - ele veio e se aninhou junto às minhas pernas... todo o dia, no mesmo horário tínhamos um encontro marcado. Cheguei a pensar que não tinha dono... engano. Acabei ficando amiga do dono também. Há também o amarelão e o gato branco... tem um siamês que também vem junto de mim toda a vez que dou sorte de vê-lo. Mas meu, meu MESMO só considero o Tom.
Quanto ás azaléias... são todas minhas! Basta que meu olho encontre o roxo resplandecente e inebriante delas num dia nublado... basta que as olhe com ternura e, quase às lágrimas, deseje que sua vida seja doce e suave...