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sexta-feira, dezembro 01, 2006

Dia mundial de combate a AIDS

É hoje, primeiro de dezembro. Dia pra refletir a respeito das políticas públicas, dia de lembrar a gurizada que tem que encapar o bicho pra fazê negócinho ...
Tô lembrando agora de um distante carnaval dos anos 80...
A família Brasil foi pro Rio de Janeiro. Queríamos ver a Mangueira entrar no Sambódromo... não rolou, não conseguimos ingressos. Mas a gente viu o Cacique de Ramos (e a Beth Carvalho tava lá) e depois fomos pra concentração das escolas. Uma loucura. Naquele dia eu jurei pra mim mesma que ainda saía na ala das baianas. Minutos depois, ouvindo o aquecimento da bateria eu jurei: é na bateria que eu vou! Meu coração dava saltos, eu queria rir e chorar ao som de "Quem não se comunica, se trumbica e como fica, fica na saudade fica..." (esse era o samba enredo da Império Serrano). Bem, nesse dia recebemos uns folhetos sobre uma tal de AIDS. Em Português, espanhol, inglês e francês. E dizia, mais ou menos o seguinte: use preservativo se for ter relações sexuais com alguma pessoa dos grupos de risco. Lembram dos 'grupos de risco' (homossexuais, prostitutas e usuários de drogas injetáveis).
Aquilo ficou na minha cabeça. Martelou. Aí, o tempo passou. Apareceram os primeiros doentes de AIDS (na época não se falava em 'soropositivo')... O AZT (único antiretroviral) era caro pra dedéu e era o único remédio...
Passou mais tempo. E aí já não existia mais grupo de risco. E aí a coisa chega perto de você. Um amigo pega "A TIA". Pânico total. Aí todo mundo na turma faz as contas de quem transou com quem. é difícil fazer o Elisa (teste pra averiguar a presença do HIV), ninguém sabe direito onde faz.
Esses foram os anos 90. Lá pelos 20, 25 anos uma das maiores fantasias sexuais de algumas gurias da minha turma era 'transar sem camisinha'. Geração latex.
Hoje, muita coisa evoluiu: os antiretrovirais são distribuídos gratuítamente pela rede pública de saúde, há centros especializados no tratamento de soropositivos e, graças ao antiretrovirais de nova geração um portador do vírus consegue levar uma vida saudável por muito tempo (sim, conheço portadores que convivem com o vírus há uns 10 anos e estão aí, firme e fortes).
No entanto, há muito ainda pra se evouluir e eu acredito, que um dia a gente consiga uma vacina pra erradicar o HIV da face da terra.

10 comentários:

Anônimo disse...

PRIMEIRAAAAAAAAAAAAAAA!!!

POis é...
Tu é véinha então?!
Eu nem lembrava desse samba, nem de q ano foi e olha q eu já era nascida!

Eu bem q podia ser inteligente o suficiente p/ falar dessas coisas, né?!

Anônimo disse...

Só mesmo uma doença sem cura,
pra amolecer vc, linha-dura!!!
Bjks

Anônimo disse...

Lembro que nos anos 80, quando ainda morava em Aracaju/SE. AIDS era um tabu, diziam que foi culpa do Rock In Rio...E um monte de coisa preconceituosa.

Outro dia eu vi um documentario sobre as fotos mais importantes do mundo e nele uma foto sobre o primeiro aidetico que se deixou ser documentado, durante a materia sobre a foto foi exibido um techo de um reportagem sobre a AIDS do inico dos anos 80 onde uma jornalista francesa chama AIDS de Cancer Gay.

Desde que escuto falar sobre AIDS escuto dizer que não tem cura, assim como escuto de dizer que a cura tá vindo.
Porem tenho a minha esperança que a cura para a AIDS vai vim um dia, o meu medo é de como ela vai ser distribuida ao mundo!

Beijos

Anônimo disse...

Deve ser horrível ter que transar de camisinha o tempo todo. Acho que dei sorte.

Creiio ser importante colaborar de alguma forma para a erradicação desta doença.

Ane Brasil disse...

Véinha é a %&#$ viu, engraçadinha!
Vá se catar! hehehehe
Tô em 2.9 com corpinho... putz, deixa pra lá.
É que eu fui filha única, precoce, o caralho... reza a lenda que logo depois do parto eu exigi ficar do lado de um garotinho no berçário.
hehhe
Sorte e saúde pra todos!

Luma Rosa disse...

A vacina está quase saindo, mas não ante s de cinco anos, pra medicina esse prazo quase triplica. Esse povo não sabe fazer conta.
No Brasil a maior campanha da Aids é mesmo no Carnaval, por causa da enxurrada de gringos que aparecem. No mais as campanhas em postos de saúde correm solta. E quem deles frequenta, está bem acessorado.
Triste é saber do aumento entre a população idosa.
Beijus

Tom disse...

Oi ANE,

Importante também, é lembrar pra todo mundo que a chegada do remédio não significa liberdade! Ou cura... Por enquanto, é um controle. Portanto, tem que se proteger sempre!

Um forte abraço,

Tom

Anônimo disse...

Porto Alegre, funcionária pública... estamos bem próximos... podemos até ser vizinhos, hehehe e por falar em saúde, hoje fiz uma vistoria no PAM3... danada a coisa por lá... bjs

Anônimo disse...

Ane: apesar da intensa propaganda oficial e da distribuição gratuíta de camisinhas, ainda é grande o número de jovens que transa sem porteção alguma - vide o grande número de adolescentes que se tornam mães todos os anos no Brasil. Acho que é um milagre que a AIDS não tenha se transformado em uma epidemia em nosso país. Parece que Deus é mesmo brasileiro.

Marshall disse...

Bem lembrado, acho que o povo já pensa que Aids tem cura, não sei se a conscientização é grande hoje como já foi um dia...

bjs