Este blog está de luto. Morreu um "dus meu". No sábado foi a última pessoaPutaquepariu! não gosto quando meus guri morrem. Assim, não quero brincar mais!
com quem falei. E falei bobagem. Daquelas bobagens que a gente fala pro camarada
só pra pegar no pé, pra fazer rir. E ele riu. riu da minha bobagem, riu do nosso
infortúnio... E saiu arrastando seu corpo magro, seu grande nariz apontando pra
frente e seus olhos grandes, verdes e esbugalhados iluminando o corredor
empoeirado que levava até seu dormitório. Ele tinha alguns planos pro futuro. E
eu acreditava neles. Jorge, um brasileiro, um cara que amou, que talvez tenha
odiado muito alguém, um cara que vacilou, um cara foi responsa, um cara que
tomava até dois litros de cachaça num único dia, um cara que passava dias longe
da pinga, um cara que não tinha um puto tostão no bolso, morreu. Morreu numa
segunda-feira. Não teve obituário em jornal, nem padre pra encomendar seu corpo.
Não teve vela em igreja, nem gente chorando. Virou estatística no meu banco de
dados. Teve vaga numa cova rasa e liberou sua vaga no abrigo pra outro. A vida
contínua. E a fila anda.
sexta-feira, junho 20, 2008
DE LUTO
RRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR
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7 comentários:
Puxa, fiquei triste!
To de luto tb!
Oi Princesa Ane.
A tua tristeza me deixa triste também.
Um beijo. Vai passar.
Ane
Eu te vi com os "dus teu". Eu vi como vcs exercitam confiança, troca, carinho, lá do jeito deles. Eu vi como eles me trataram, em uma das melhores tardes da minha vida.
Mas, fazer o que? A vida tem dessas piadas sem graça, vezenquando morre um dos nossos. E cambada de nego que podia ir segue aqui ocupando espaço...
Sinto muito, mas a vida segue. Tu sabes!
Bj
Pô...
Foda...
Benhê!
Eu li esse post do feed, lá do tronco. E hj estou em casa de caganeira e vc ainda não postou.
Não é hora de sacodir a poeira e dar a volta por cima, não?!
"Só a alma é imortal; só essa pura essência jamais se decompõe ou jamais se aniquila. O corpo é simplesmente a lâmpada de argila, a alma, eis o clarão!"
Guerra Junqueiro.
Quanto a ocê:
pode ter a boca suja, mas parece ter alma limpa.
Inté
"Ninguém é cidadão."
Beijinho e abração.
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