Independente do noticiário político olímpico sanguinolento dos últimos dias estou zen
(zen grana e zen paciência, considerando que já é dia 20... ) bueno, vá lá, estou meditando.
sim, estou meditando, tentando atingir o Led Zeppelin (ou vocês pensam que eu ia meditar pra atingir o Nirvana, uma bandinha fuleira?)
De acordo com este estado de graça, resolvi compartilhar com vocês uma velha fábula que me foi contada por uma velha senhora, numa velha casa... (putz, até eu fiquei velha nessa frase...)
Lá vai a fábula, macacada:
Era uma vez um filhote de passsarinho, um bicho feio que só, sem plumas ainda, com um bicão totalmente desproporcional ao corpo e uma cor horrenda... bem, era uma vez um filhote de passarinho que, numa gélida tarde de inverno, teve a infelicidade de cair do ninho. (há versões que afimam que ele foi jogado pelo irmão mais velho, mas a perícia não conseguiu comprovar...)
Caído, sozinho na grama, em sua pouca experiência - mas demonstrando grande sagacidade - o filhote de passarinho pensou: CAralho, tô fudido!
Próximo ao ninho, pastavam plácidas vacas. uma delas, num momento de tranqüilidade, distraídamente, depositou sobre o passarinho o produto final de sua digestão (tradução pra português: a vaca cagou na cabeça do passarinho)
Solitário e quase congelado, assim que lhe caiu o excremento sobre a cabeça, nosso herói emplumado, elevou aos céus uma súplica: Pô, não bastasse ter me fudido, agora tô todo cagado!
Passado o primeiro momento de assombro e indignação o filhote de passarinho percebeu que o excremento do mamífero lhe conferia calor, e o salvara de morrer de hipotermia... e foi assim,
num exercício de reflexão incomum para sua estatura e faixa etária o filhote de passarinho sentenciou: Heis um perfeito exemplo da lei da relatividade. Há poucos segundos estava eu prestes a morrer de hipotermia e maldizendo a minha sorte. Heis que, sou alvejado por fezes, excremento, bosta... tudo o que na nossa cultura ocidental é considerado como impuro... estar coberto de excrementos é uma situação socialmente vexatória... no entanto, nesse descampado deserto, foi a salvação de minha vida (traduzindo pro português: pra quem tá fudido, tá na merda é lucro)
As sérias ponderações de nosso filhote foram interrompidas por um gato faminto que, rapidamente, abocanhou a cabeça de nosso Pensador.
Moral da história: nem sempre quem caga na tua cabeça quer o teu mal; assim como, nem sempre quem te tira da merda é teu amigo.
sexta-feira, julho 20, 2007
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