Mil novecentos e lá vai picoco. Tempos de pinda (sim, porque até eu chegar na pindaíba teria que juntar muitas moedas ainda)
Tô lá, esperando o buzão pra voltar pra casa (quase uma hora rumo a perifa...)
Se aproxima de mim um moleque.... um deses moleques maltrapilhos que pedem nos sinais, cheiram loló, geram mil e um programas de inclusão... enfim, o famigerado "menino de rua". Aquele, em particular, não cheirava loló.Opa, qualquer um que viva numa grande cidade sabe o que eu estou falando.
Tinha pouco mais de 10 anos, óbvio que aparentava menos. E tinha uma carinha sapeca, e uns olhinhos negros como duas jaboticabinhas.
Tô lá, esperando o buzão pra voltar pra casa (quase uma hora rumo a perifa...)
Se aproxima de mim um moleque.... um deses moleques maltrapilhos que pedem nos sinais, cheiram loló, geram mil e um programas de inclusão... enfim, o famigerado "menino de rua". Aquele, em particular, não cheirava loló.Opa, qualquer um que viva numa grande cidade sabe o que eu estou falando.
Tinha pouco mais de 10 anos, óbvio que aparentava menos. E tinha uma carinha sapeca, e uns olhinhos negros como duas jaboticabinhas.
- E aí, tia, tem uma moeda pra me dar?
- Põ, tenho não...
- Tá e uma fichinha?
- Só tenho essa pra voltar pra casa. - e era verdade.
- Bah, meu, tu é pobre hein! tu não tem nada!
- Pô, tu me chama de tia, me pede e ainda por cima me esulacha... qual é guri?
- Aí, foi mal...